29 de janeiro de 2010
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27 de janeiro de 2010
O assunto é Autismo
11 de janeiro de 2010
Autismo e Neurônios Espelho
8 de janeiro de 2010
Troca surda/sonora no Enem
Use livros sem texto
Vc deve estar se perguntando: - Livros sem texto??? Sim, é isso mesmo! Estimule a linguagem da criança com livros que só têm figuras! Confesso que estes livros não são fáceis de achar nas livrarias, mas vele a pena procurá-los! São divertidos e criativos. Além disso, desenvolvem o potencial de linguagem da criança, que transforma imagens em palavras. Tendo o adulto como mediador na atividade proporciona vários ganhos, como: * Vivenciar histórias de forma lúdica. * Desenvolver o gosto por livros e leitura. * Aumentar o próprio vocabulário. * Desenvolver a noção de narrativa (começo-meio-fim). * Favorecer a organização de pensamento em frases e fatos * Usar a imaginação * Ter criatividade com a linguagem verbal. * Fazer inferências. Mas por que usar livros sem texto? Para explorar a linguagem. Porque é uma prévia da leitura convencional. A leitura escrita envolve a percepção de detalhes, a memória, a compreensão e principalmente as inferências (capacidade de prever um fato ou uma conseqüência devido a experiência adquirida).Então, com livros sem texto usamos esses mesmos recursos para interpretar as figuras, principalmente se elas estiverem na seqüência de um contexto. Além disso, estaremos explorando a imaginação infantil tão dinâmica e criativa. Dicas para desenvolver a atividade: * Deixe espaço para que a criança possa criar. Não faça a história por ela. Não se preocupe com o tempo da atividade e sim com a qualidade. A atividade deve ser prazerosa. * Observe figura por figura. Analise-a. Comete sobre o período do dia, personagens e expressões faciais, local em que estão etc. * Induza a criança a ter inferências a partir das figuras. Ex.: O que será que vai acontecer? Por quê? * Analise as previsões que foram feitas. Elogie os acertos. Caso a criança não tenha acertado o contexto da figura seguinte, use frases do tipo: Quem diria, nós nem imaginamos isso, não é mesmo? Que surpresa !! * Explore detalhes diferentes: paisagem, roupas etc... * Antes de trabalhar a última figura, explore a conclusão. Relembre fatos relevantes para a criança a imaginar o tipo de final que a história terá. * Explore a “moral da história”. * Tente transferir os acontecimentos da história para a vida da criança. Ex.: O que você faria se fosse o “personagem”? ou...Você já viu um animal como este? Quando? * Incentive a criança a fazer uma narrativa com os detalhes enfatizados por vocês. Crie um título para a história, nomes pra os personagens. * Incentive a criança a recontar a história (sozinha) sem o auxílio do livro. Ela pode recontar para vc ou para outras pessoas. Deixe-a folhear o livro novamente, se for necessário lembrar algum fato importante. * Se vc quiser, vc pode escrever a história inventada pela criança em formato de livro, coloque-a como autora. Ela vai adorar! Use a sua imaginação e faça esse momento interessante para você e para a criança!!!
7 de janeiro de 2010
Otite e Linguagem
A audição desempenha um papel importante no desenvolvimento lingüístico da criança. Integra o ser humano na sociedade e o coloca em contato com o mundo repleto de sons e significados. A criança com perda auditiva sofre privações sérias e as conseqüências são de acordo com o tipo de deficiência. Existem perdas auditivas reversíveis e irreversíveis. Os problemas mais comuns em crianças, de caráter reversível, são as OTITES (inflamações). As OTITES são classificadas como perdas auditivas condutivas, ou seja, elas prejudicam a adequada transmissão das ondas sonoras. Dessa forma, nossa audição não desempenha seu bem o seu papel, pois fica mais difícil discriminar, localizar, integrar e compreender os sons vindos do ambiente.
O que as otites podem causar?
- Problemas no desenvolvimento da fala e da linguagem como por exemplo demora na aquisição de linguagem e trocas persistentes na fala;
- Problemas na escrita, trocas persistentes de letras, já que a criança facilmente se confunde com sons parecidos;
- A criança demonstra ser distraída e desatenta até mesmo em sala de aula;
- É preciso fazer um exame auditivo e uma avaliação otorrinolaringológicao, depois o médico prescreve uma medicação pertinente para a criança.
- Quais as possíveis complicações caso as OTITES não sejam tratadas adequadamente?
- Os problemas anteriormente citados, se agravam ainda mais, e geralmente há a necessidade de tratamento fonoaudiológico para a correção dos padrões inadequados relativos a comunicação;
- As OTITES de repetição, podem acarretar uma Desordem do Processamento Auditivo, já que a criança teve a ``experiência acústica`` diminuída. As conseqüências podem prejudicar as habilidades comunicativas na idade pré-escolar e/ou durante a vida acadêmica.
- Em casos muito graves, a OTITE pode evoluir para quadro de meningite.
O exame auditivo é o método mais rápido e eficaz para detectar as OTITES.
Cuidado, a otite nem sempre está acompanhada de febre!
Atraso de Linguagem
A melhor maneira de uma criança aprender a falar é convivendo com um mundo onde todos falam. A melhor maneira dela aprender sobre coisas do mundo é fazendo-a interagir com o ambiente que a cerca. A criança deve conseguir estabelecer relações entre objetos e fatos, construindo assim seu conhecimento a respeito do meio que a cerca. Se a criança ainda não consegue se expressar oralmente, ela terá que ser ensinada por você a aprender a explorar o mundo e a saber como interagir nele através da linguagem. Para ajudar as crianças que ainda não falam, procure seguir algumas dicas durante as brincadeiras e situações cotidianas:
- Use frases curtas e palavras de fácil compreensão para a criança. Garanta uma plena compreensão para só depois exigir um expressão oral. Vc já parou para pensar na época que vc começou a aprender inglês? Num determinado momento vc entendia tudo que era dito mas não sabia formar nenhuma frase, não é mesmo? Então, com a criança é a mesma coisa, primeiro ela compreende para depois começar a se expressar.
- Aguarde, observe e as intenções que a criança está manifestando. Dê oportunidade e tempo para estas manifestações e procure não agir antes dela.
- Mantenha a proximidade física e o contato face a face. abaixe-se para ficar de frente para a criança.
- Dê nome aos objetos e as ações realizadas. Não dê apelidos às pessoas e/ou objetos, e não repita os "apelidos" que a criança inventa para denominar o que está ao seu redor.
- Dê valor às brincadeiras de imitação e faz de conta.
- Crie pequenos problemas cujas soluções são atos comunicativos. Por exemplo: Dê o copo, mas não coloque o suco. Espere que a criança peça. ou... Se a criança apontar para a bola, dê a boneca. Veja a reação dela.
- Proporcione convívio com os outros grupos sociais, como por exemplo, escolas, clubes, parques, etc...
- Tenha brinquedos apropriados para a idade da criança e que favoreçam as interações.
- Conte histórias curtas. Utilize livros com figuras bem representativas. Procure a opinião de um fonoaudiólogo, caso a criança esteja apresentando dificuldades. Sabe-se, através de estudos, que o atraso de linguagem oral pode ter desdobramentos mais tarde na aprendizagem. A prevenção é o ideal. Se a criança for muito novinha, nem sempre é preciso um tratamento sistemático. Neste caso, poderá ser feito um acompanhamento (de tempos em tempos). Tudo depende das características do quadro. Cada caso é um caso, como diria o ditado, mas orientação é fundamental!! Brinque bastante com a criança e divirta-se! Há algum tempo, os estudos sobre prevenção dos problems de leitura e escrita se intensificaram. Hoje, a proposta de prevenção é baseada na estimulação da Consciência Fonológica e Habilidades Auditivas. Já em 1988 a fonoaudióloga Regina Cupello publicou um livro de título autoexplicativo "O atraso de linguagem como fator causal dos distúrbios de aprendizagem".