“ O papel
do professor de um aluno com autismo é semelhante ao intérprete transcultural:
alguém que entende ambas as culturas e é capaz de traduzir as expectativas e
procedimentos de um ambiente não-autístico para o aluno com autismo.”
Esse trecho
foi extraído do artigo, A cultura do autismo: do entendimento teórico à prática
, (MESIBOV & SHEA, 2010).
Acredito
que a criança com autismo na escola regular, necessita de alguém que possa mediar
as relações constantemente, aliás costumo não abir mão disso.
Antigamente
eu usava o termo AT para me referir a este profissional que acompanhava a
criança, hoje eu prefiro o termo mediadora. A minha preferência atual pelo
termo ‘mediadora’ pode ser justificada até mesmo pela analogia feita pelo autor
do artigo citado acima, um intérprete entre a criança e o ambiente ao redor.
Também me
lembrei de uma frase do Oliver Sacks que diz que o ‘...autismo é uma forma profundamente
diferente de ser.”
O “intérprete”
deve entender bastante as “duas formas de ser”, principalmente o autista, e assumir
um papel primordial na vida da criança.
Mediar.
Traduzir. Tronar compreensível. Adaptar. Favorecer. Contribuir para o
desenvolvimento num ambiente muito mais favorável.
Aproveito o
texto para mandar um beijo para as mediadoras dos meus pacientes:
Vocês são
demais! E trabalhar com vocês em equipe é bom para mim, para a família, para a
escola e para os nossos pequenos vencedores!
Um beijão.
Priscila
Felix