Esta semana já falei
algumas vezes sobre o mesmo assunto com pessoas diferentes no consultório e, por isso decidir compartilhar aqui com vocês.
“Prevenir é diferente de privar”.
A frase é clara, mas a conduta da família nas situações é bem mais
difícil.
Exemplo:
A criança autista não gosta de bexigas e chora muito quando as vê. A família, numa tentativa de impedir o choro, deixa de ir em aniversários confraternizações e outros lugares que
poderiam trazer tantas vivências para ela. Achando que estão prevenindo uma situação desconfortante, a família na verdade está se privando de vida social junto com a criança.
Este exemplo mostra um problema comum: diferenciar a prevenção da privação.
Numa tentativa de
não deixar que a criança chore, a família retira da vida da criança tudo que
pode causar tal desconforto e assim, diminuem a quantidade de estímulos, locais
a que vão, pessoas que encontram e variedade de vivências. Se olharmos com cuidado, a família também se priva do convívio social que poderiam ter.
Quando somos expostos a estimulos diferentes e temos a chance de aprender um
pouco com eles. Não há como aprender sobre algo que nunca é visto.
Devemos entender que para fazer
com que a criança se acostume com coisas
diferentes e saiba lidar com o que pode ser temporariamente desconfortável é
preciso uma exposição lenta ao estímulo, até que tudo fique mais fácil e tolerável para a
criança.
Converse com o profissional que atua com seu filho e programem cuidadosamente como essa exposição será feita, rumo ao aprendizado. Leve em consideração o que você já conhece sobre a criança e tenha objetivos de curto e longo prazo. Tenha perseverança e siga com as estratégias traçadas de forma consistente.
Bom trabalho!
Conheço e compartilho sempre esta fábula Priscila,e percebo a grande aplicabilidade dela no seu trabalho. Quem gosta e/ou pretende conviver em grupos sociais, tem que aprender aplicá-la, pois ensina sobre atenção, respeito e reflexão.
ResponderExcluirSeu comentário sobre privar as crianças de experiencias diferentes e ricas por motivos torpes (choro), já que todas as crianças e também adultos choram, mais uma vez é altamente elucidadora. Francisca Yasmim Cassiano
Olá Francisca!
ExcluirIsso mesmo, o segredo é sempre aplicar a teoria na prática! Elas andam sempre juntas!
Abraços
Priscila