27 de janeiro de 2010

O assunto é Autismo

"É fácil dizer que o autista não se coloca no lugar do outro, difícil é se colocar no lugar do autista" (Alexandre Mapurunga) Quando li a frase acima, fiquei sem palavras mas os sentimentos tomaram conta de mim... Coloca em palavras resumidas uma série de coisas, que com toda certeza, já pensamos e sentimos. Nunca tinha lido, pode ser que você também não, mas afirmo que nós duas já vimos o teor desta frase em vários olhares e situações... Se as pessoas se vangloriam tanto por saberem "se-colocar-no-lugar-do-outro", por que será que ainda existe tanta dificuldade para lidar com as diferenças no mundo? Opa! Existe alguma deficiência aí, e neste caso, a deficiência NÃO está no autista...
Uma vez eu disse que "gosto de me envolver com quem me envolve". E sem dúvidas, as crianças que eu trato me envolvem, me fazem pensar e buscar; não só em livros, mas buscar também dentro de mim. Até nisto elas são especiais!
Acabo pensando várias coisas: diversidade, inclusão... Concluo que: não deveria ser preciso discursar sobre nada disso... Se a sociedade realmente soubesse "se-colocar-no-lugar-do-outro", a inclusão e a aceitação da diferença seria um processo NATURAL. Vivemos no mesmo mundo... É preciso saber perceber isso! No mesmo Blog que li a frase em questão, uma senhora chamada Isabel Barbosa comentou de forma acertada: "A diferença está na igualdade". Admito que o caminho é longo pra cada um de nós, imagine para uma sociedade inteira. Mas para ser sincera, quero me sentir caminhando... mesmo lentamente. É um caminho possível. Parabéns Alexandre! ___________________________________________________ A frase acima foi lida no Blog: http://gritodemudanca.blospot.com/ O autor, Alexandre Mapurunga, também tem um Blog; http://inclusaoediversidade.blogspot.com/

8 comentários:

  1. Olá,Priscila

    Sou mae de um menino de 2anos e 15 dias e ainda ele não fala,começou a falar papa e mama com 1 ano e mais umas 10 palavrinhas e parou com 1 e 7 meses e até hoje nada.Fez o BERa e tomografia e deu tudo normal.Será q ele é autista?Tenho duvidas pois ele e muito carinhoso comigo,adora brincar comigo e prefere ficar junto de adultos aos inves de criancas de sua idade.Gostaria de obter sua opiniao ,se for possivel. Grata

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  2. Olá!

    Não é possível fechar um diagnóstico de autismo APENAS com os dados da linguagem. No autismo, é preciso haver comprometimento na linguagem, aspecto social, imaginação além dos comportamentos ritualísticos. Quando o comportamento foge do padrão, é hora de levar a criança ao neurologista ou psiquiatra infantil.

    Mas, diante do seu relato, vou fazer algumas considerações:
    - Que bom que ele é carinhoso e gosta de brincar com vc. Propicie brincadeiras que são ideais para a idade dele, separe um momento para interagir com ele. Exagere em expressões faciais, fale sempre devagar e usando frases curtas.
    Mas, lembre-se, ele deve conviver e brincar com pessoas diferentes, não somente com vc!! Leve-o em pracinhas, clubes e aumente o número e pessoas que interage com ele, certo?
    - Ele está na Escola ou Creche? A Escola é um local propício para o desenvolvimento e convívio social. Geralmente, esta deve ser a primeira providência em casos de atraso de linguagem. Se ele ainda não está na Escola, comece a pensar nesta idéia, ok?
    - Consulte um fonoaudiólogo. Ele poderá te orientar quanto a forma de brincar, os brinquedos ideais e atividades importantes como o início da Brincadeira Simbólica ( o faz de conta). Além disso,depois da avaliação o fonoaudiólogo poderá fazer o encaminhamento ao neurologista escrevendo um relatório que contenha dados relevantes da criança.

    Se vc quiser conversar um pouco mais, entre em contato comigo por e-mail: fonofelix@gmail.com

    Aproveito para convidá-la para o Mini Curso sobre Brincadeira Simbólica no próximo dia 23. Vou falar sobre todo o desenvolvimento do faz de conta, e como iniciá-lo usando objetos do cotidiano. Será proveitoso, já que seu filho tem 2 anos. E será um prazer encontrar vc!

    Um abraço,
    Priscila

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  3. Oi Priscila,
    Fico feliz que meu artigo tenha repercutido e estimulado a reflexão.
    Também é muito bom saber de profissionais que, como você, estão envolvidos na busca pela inclusão e que enxergam os autistas como seres humanos inteiros...
    Parabéns a você!!!

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  4. Olá Alexandre!

    Fico feliz que vc tenha lido meu comentário!
    Estamos juntos nessa caminhada!
    Obrigada pela visita ao meu Blog!

    Abraços

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  5. olá pricila parabéns por esse blog e queria q soubesse q eu queria muito fazer uma facudade de fonoaudiologia mas na minha cidade ñ tem, tds as faculdades aq oferecem varios cursos,tds q vc possa imagina menos ele!bjs e até mas

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    1. Olá, que pena que não tem o curso na sua cidade. desejo boa sorte na sua escolha!
      Abraços

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  6. Oi Priscila achei lindo o que vc escreveu.Tenho um afilhado autista ele nÃo fala nada o som sai muito baixo como se a boca estivesse cheia d`água. Ele tem hiperatividade não para e quebra tudo.Se tiver copo em cima da mesa ele passa a mão e quebra . Se deixar ele sozinho ele derruba. Minha comadre tem uma voz firme com ele aparentemente ele entende o que se passa porque ela fala serio com ele e o rosto dele fica serio tambem como se ele entendesse que fez coisas erradas ,mas passa 10 minutos derruba outra coisa no chão. Não sei se é dessa maneira que vamos conseguir fazer ele entender que nao pode quebrar tudo que ve.Ela manda ele pegar do chao mas ele derruba de novo.Como posso ajudar ?

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  7. Voce acha que ele pode melhorar essa fala ? E se ele escuta porque não entende?

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